Eletroconvulsoterapia
Definição
A eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento que utiliza eletricidade para tratar depressão ou outras doenças mentais.
Nomes alternativos
Tratamento de choque; Terapia de choque; ECT; Depressão - ECT; Transtorno bipolar - ECT
Descrição
Durante a ECT, a corrente elétrica desencadeia uma convulsão no cérebro. Os médicos acreditam que a atividade convulsiva pode ajudar o cérebro a "se religar", ajudando a aliviar os sintomas. A ECT é geralmente segura e eficaz.
A ECT é geralmente realizada em um hospital enquanto o paciente está inconsciente e anestesiado (sob efeito de anestesia geral).
- O paciente receberá um medicamento que o deixará relaxado (relaxante muscular), fazendo-o dormir rapidamente e evitando que ele sinta dor.
- Eletrodos serão colocados no couro cabeludo. Dois eletrodos monitoram a atividade do cérebro, enquanto outros dois eletrodos enviam a corrente elétrica.
- Enquanto você dorme, uma pequena quantidade de corrente elétrica será enviada a sua cabeça para provocar atividade convulsiva no cérebro. O procedimento dura cerca de 40 segundos. O paciente receberá medicamento para evitar que a convulsão seja propagada pelo corpo. Dessa maneira, haverá apenas um leve movimento das mãos e dos pés do paciente durante o procedimento.
- Geralmente, a ECT é realizada a cada 2 a 5 dias em um total de 6 a 12 sessões, mas, em alguns casos, são necessárias mais sessões.
- Vários minutos após o tratamento, você acorda. Você não se lembra do tratamento. Você é levado para uma área de recuperação. Lá, a equipe de saúde monitorará você de perto.
- Quando você se recuperar, você pode ir para casa. Um adulto deverá acompanhar você. Planeje com antecedência quem irá buscá-lo no hospital.
Indicações
A ECT é um tratamento altamente eficaz contra depressão, mais comumente contra depressão grave. O procedimento pode ser especialmente útil para tratar a depressão em pacientes:
- Com delírios ou outros sintomas psicóticos juntamente com a depressão
- Gestantes em depressão profunda
- Com comportamento suicida
- Que não podem tomar medicamentos antidepressivos
- Que não responderam de forma satisfatória a medicamentos antidepressivos
Com menos frequência, a ECT é utilizada para tratar condições como mania, catatonia e psicose que não melhoraram por meio de outros tratamentos.
Riscos
A ECT foi alvo de críticas negativas, em parte devido aos possíveis efeitos na memória do paciente. Desde que a ECT foi criada na década de 1930, a dose de eletricidade usada foi reduzida significativamente. Esse fator reduziu drasticamente os efeitos colaterais do procedimento.
No entanto, a ECT ainda pode causar alguns efeitos colaterais, que incluem:
- Desorientação, geralmente breve
- Dor de cabeça
- Pressão arterial baixa (hipotensão) ou alta (hipertensão)
- Perda de memória (a perda permanente de memória após o procedimento é bem menos comum do que era no passado)
- Dor muscular
- Náusea
- Pulsação acelerada (taquicardia) ou outros problemas cardíacos
Algumas doenças expõem os pacientes a um maior risco de efeitos colaterais decorrentes da ECT. Converse com um médico sobre suas doenças e dúvidas que você possa ter para decidir se a ECT é ideal para o seu caso.
Antes do procedimento
Como a anestesia geral é usada para esse procedimento, o paciente não deverá comer nem beber antes da ECT.
Pergunte a seu médico se você deve tomar medicamentos diários na manhã antes da ECT.
Após o procedimento
Após uma sessão bem-sucedida de ECT, você receberá medicamentos ou ECT menos frequentemente, reduzindo outros episódios de depressão.
Prognóstico (expectativas)
Algumas pessoas relatam confusão leve e dor de cabeça após a ECT. Esses sintomas devem durar apenas por um breve período.
Referências
Welch CA. Electroconvulsive therapy. In: Stern TA, Fava M, Wilens TE, Rosenbaum JF, eds. Massachusetts General Hospital Comprehensive Clinical Psychiatry. 2nd ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2016:chap 45.
Data da revisão:
7/29/2016
Revisão feita por: Fred K. Berger, MD, addiction and forensic psychiatrist, Scripps Memorial Hospital, La Jolla, CA. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Isla Ogilvie, PhD, and the A.D.A.M. Editorial team.
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