Movimento - imprevisível ou abrupto
Definição
Os movimentos corporais abruptos ocorrem quando as pessoas fazem movimentos rápidos que não conseguem controlar e que não possuem propósito algum. Esses movimentos interrompem os movimentos ou as posturas normais.
O nome médico desta condição é coreia.
Nomes alternativos
Coreia; Músculo - movimentos abruptos (incontrolados); Movimentos hipercinéticos
Considerações
Essa condição pode afetar um ou ambos os lados do corpo. Entre os movimentos típicos da coreia estão:
- Dobrar e endireitar os dedos das mãos e dos pés
- Caretas
- Elevar e abaixar os ombros
Esses movimentos geralmente não se repetem. Eles podem parecer estar sendo realizados de propósito, embora a pessoa não consiga controlá-los. Uma pessoa com coreia pode parecer nervosa ou irrequieta.
Causas
Há muitas causas possíveis dos movimentos imprevisíveis ou abruptos, incluindo:
- Síndrome do anticorpo anticardiolipina (que envolve distúrbio da coagulação)
- Coreia hereditária benigna (uma condição hereditária rara)
- Distúrbios do metabolismo do cálcio, glicose ou sódio
- Doença de Huntington (uma doença que envolve a degradação de células nervosas)
- Medicamentos como levodopa, antidepressivos e anticonvulsivantes
- Policitemia rubra vera (doença da medula óssea)
- Coreia de Sydenham (um distúrbio do movimento que ocorre após infecção por uma bactéria chamada estreptococo do grupo A)
- Doença de Wilson (uma desordem que envolve acúmulo de cobre no corpo)
- Gravidez (coreia gravídica)
- Derrame
- Lúpus eritematoso sistêmico (doença em que o sistema imune erroneamente ataca tecido saudável)
- Discinesia tardia (uma condição que pode ser causada por medicamentos como antipsicóticos)
- Doença da tireoide
- Outras doenças raras
Cuidados em casa
O tratamento é direcionado à causa dos movimentos.
- Se os movimentos ocorrem por causa de medicamentos, a utilização do remédio deve ser interrompida, se possível, de acordo com a orientação do seu médico.
- Se os movimentos ocorrerem por causa de doença, o distúrbio deve ser tratado.
- Para pessoas com doença de Huntington e movimentos graves, afetando as atividades cotidianas, medicamentos como amantadina ou tetrabenazina podem ajudar a controlá-los.
Agitação e fadiga podem fazer com que a coreia se agrave. O repouso faz com que a coreia melhore. Tente reduzir o estresse emocional.
Medidas de segurança devem ser tomadas para evitar lesões decorrentes dos movimentos involuntários.
Quando contatar um profissional de saúde
Procure seu médico caso apresente movimentos inexplicáveis que são imprevisíveis e não param.
O que esperar da consulta médica
O médico fará perguntas relacionadas ao histórico médico e realizará um exame físico. O médico poderá realizar um exame dos sistemas nervoso e muscular.
Entre as perguntas relacionadas ao histórico médico estão:
- Que tipo de movimento ocorre?
- Qual parte do corpo é afetada?
- Quais são os outros sintomas presentes?
- Apresenta quadro de irritabilidade?
- Apresenta fraqueza ou paralisia?
- Apresenta inquietação?
- Apresenta instabilidade emocional?
- Apresenta tiques faciais?
Entre os testes que podem ser realizados estão:
- Estudos sanguíneos como hemograma completo ou diferencial sanguíneo
- Tomografia computadorizada da cabeça ou da área afetada
- Eletroencefalograma (raramente)
- Eletromiografia e estudos de velocidade da condução nervosa (em casos raros)
- Estudos genéticos
- Punção lombar
- Ressonância magnética da cabeça ou da área afetada
- Urina tipo I
O tratamento é baseado no tipo de coreia. Seu médico decidirá qual a melhor opção de tratamento baseado nos sintomas e no resultado dos exames.
Referências
Jankovic J, Lang AE. Diagnosis and assessment of Parkinson disease and other movement disorders. In: Daroff RB, Jankovic J, Mazziotta JC, Pomeroy SL, eds. Bradley's Neurology in Clinical Practice. 7th ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2016:chap 23.
Lang AE. Other movement disorders. In: Goldman L, Schafer AI, eds. Goldman-Cecil Medicine. 25th ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2016:chap 410.
Data da revisão:
2/23/2017
Revisão feita por: Amit M. Shelat, DO, FACP, Attending Neurologist and Assistant Professor of Clinical Neurology, SUNY Stony Brook, School of Medicine, Stony Brook, NY. Review provided by VeriMed Healthcare Network. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Medical Director, Brenda Conaway, Editorial Director, and the A.D.A.M. Editorial team.
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