Abstinência alcoólica

Definição

A abstinência alcoólica refere-se a sintomas que podem ocorrer quando uma pessoa que ingere muito álcool regularmente interrompe o uso de álcool abruptamente.

Nomes alternativos

Desintoxicação - álcool; Detox - álcool

Causas

A abstinência alcoólica ocorre com mais frequência em adultos, mas pode ocorrer em adolescentes ou crianças.

Quanto mais você bebe diariamente, maior a probabilidade de você desenvolver sintomas de abstinência alcoólica ao parar de beber.

Você pode apresentar sintomas mais graves de abstinência se tiver outros problemas médicos específicos.

Sintomas

Os sintomas de abstinência alcoólica, geralmente, ocorrem de 5 a 10 horas após a última dose, mas podem ocorrer dias depois. Os sintomas pioram de 48 a 72 horas depois e podem permanecer por semanas.

Os sintomas comuns incluem:

Outros sintomas podem incluir:

Uma forma grave de abstinência alcoólica, denominada delirium tremens, pode causar:

Sinais e exames

Seu médico realizará um exame físico que poderá revelar:

Exames de sangue e urina, incluindo uma análise toxicológica, podem ser realizados.

Tratamento

O objetivo do tratamento inclui:

TRATAMENTO DE PACIENTES INTERNADOS

Indivíduos com sintomas moderados a graves podem necessitar de internação hospitalar ou em outras instalações que tratam a abstinência alcoólica. Você será observado de perto para o caso de apresentar alucinações ou outros sinais de delirium tremens.

O tratamento pode incluir:

TRATAMENTO DE PACIENTES EXTERNOS

Se você apresentar sintomas de abstinência alcoólica de leve a moderados, geralmente é possível ser tratado como paciente externo. Será necessário que alguém se comprometa a permanecer com você durante esse processo e a mantê-lo sob vigilância. São necessárias visitas diárias ao médico até que você esteja estável.

O tratamento geralmente inclui:

É importante que o paciente assuma um estilo de vida que ajude a mantê-lo sóbrio. Algumas áreas têm opções de moradia que oferecem um ambiente de apoio para aqueles que estão tentando permanecer sóbrios.

A abstinência alcoólica permanente e por toda a vida é o melhor tratamento para aqueles que passaram por uma síndrome de abstinência.

Expectativas (prognóstico)

O bem-estar de uma pessoa depende do quanto os órgãos foram danificados e se essa pessoa é capaz de parar de beber completamente. A abstinência alcoólica pode variar de um distúrbio brando e desconfortável a uma condição grave e potencialmente fatal.

Sintomas como alterações no sono, mudanças rápidas de humor e fadiga podem permanecer por meses. Indivíduos que continuam a beber muito podem desenvolver problemas de saúde, como doença hepática, cardíaca e neurológica.

Muitos indivíduos que passam por abstinência alcoólica conseguem se recuperar totalmente. No entanto, existe a possibilidade de morte, especialmente se ocorrer delirium tremens.

Quando contatar um profissional de saúde

A abstinência alcoólica é uma condição grave que pode ser tornar rapidamente fatal.

Consulte o médico ou procure um pronto-socorro se achar que pode estar sofrendo de abstinência alcoólica, especialmente se tiver feito uso frequente de álcool e tiver parado recentemente. Marque uma consulte com seu médico se os sintomas persistirem após o tratamento.

Dirija-se ao pronto-socorro ou ligue para o número de emergência local (por exemplo, 192) caso ocorram convulsões, febre, confusão grave, alucinações ou batimentos cardíacos irregulares.

Se você for ao hospital por qualquer outro motivo, informe ao médico sobre o consumo de álcool para que ele possa monitorar sintomas de abstinência.

Prevenção

Reduza o consumo ou evite bebidas alcoólicas. Em caso de alcoolismo, procure ajuda para parar de beber.

Referências

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O'Connor PG. Alcohol use disorders. In: Goldman L, Schafer AI, eds. Goldman-Cecil Medicine. 25th ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2016:chap 33.


Data da revisão: 2/28/2023
Revisão feita por: Jacob Berman, MD, MPH, Clinical Assistant Professor of Medicine, Division of General Internal Medicine, University of Washington School of Medicine, Seattle, WA. Also reviewed by David C. Dugdale, MD, Medical Director, Brenda Conaway, Editorial Director, and the A.D.A.M. Editorial team.
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