Enxaqueca

Definição

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que pode ocorrer associada a sintomas como náusea, vômitos ou sensibilidade à luz. Muitas pessoas sentem uma dor latejante em somente um dos lados da cabeça.

Nomes alternativos

Cefaleia - migrânea; Dor de cabeça - enxaqueca; Cefaleia vascular - enxaqueca

Causas

A enxaqueca é causada por uma atividade anormal do cérebro desencadeada por diversos fatores. Porém, a cadeia de eventos exata continua incerta. Hoje, a maioria dos médicos especialistas acredita que o ataque começa no próprio cérebro, e envolve vários elementos químicos e circuitos neurais. As alterações afetam o fluxo sanguíneo no cérebro e nos tecidos adjacentes.

As enxaquecas tendem a aparecer pela primeira vez entre os 10 e os 45 anos de idade. As enxaquecas ocorrem com mais frequência em mulheres do que em homens. As enxaquecas podem ser genéticas. Algumas mulheres, não todas, podem ter menos enxaquecas durante a gravidez.

Os ataques de enxaqueca podem ser desencadeados por:

Alguns alimentos e conservantes de alimentos podem desencadear enxaquecas em algumas pessoas. Os desencadeadores relacionados com a comida incluem:

A verdadeira enxaqueca não é resultante de um tumor cerebral ou de outro problema médico grave. Contudo, somente um médico experiente pode determinar se seus sintomas se devem a uma enxaqueca ou a outra doença.

Sintomas

Há dois tipos principais de enxaqueca:

Uma aura é um grupo de sintomas neurológicos considerados um sinal de alerta de que a enxaqueca vai começar. Há geralmente sintomas visuais, podendo incluir qualquer um dos seguintes:

Outros sintomas neurológicos incluem bocejo, dificuldade de concentração, náusea, dificuldade em encontrar as palavras certas, tontura, fraqueza, dormência e formigamento. Alguns desses sintomas são muito menos comumente associados à enxaqueca. Se você tiver algum desses sintomas, seu médico provavelmente irá solicitar testes para encontrar a causa.

A aura ocorre geralmente 10 a 15 minutos antes da dor de cabeça, mas pode ocorrer de alguns minutos a 24 horas antes. Pode não haver dor depois da aura.

Em geral, as dores de cabeça:

Outros sintomas que podem ocorrer associados à dor de cabeça:

Os sintomas podem continuar mesmo depois de terminada a enxaqueca. Os pacientes com enxaqueca às vezes chamam esses sintomas de ressaca da enxaqueca. Os sintomas podem incluir:

Sinais e testes

Seu médico pode diagnosticar esse tipo de dor de cabeça fazendo perguntas sobre seus sintomas e histórico familiar de enxaqueca. Será feito um exame físico completo para determinar se as dores de cabeça se devem à tensão muscular, problemas nos seios nasais ou uma doença cerebral.

Não há um exame específico para provar que sua dor de cabeça seja realmente uma enxaqueca. Entretanto, seu médico poderá pedir uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada se você nunca tiver feito um desses exames ou se você tiver uma enxaqueca com sintomas incomuns, como fraqueza, problemas de memória ou perda do estado de alerta.

Um eletroencefalograma pode ser necessário para descartar convulsões. Uma punção lombar pode ser necessária.

Tratamento

Não há cura específica para a enxaqueca. O objetivo é tratar rapidamente e prevenir os sintomas, evitando ou alterando seus desencadeadores.

É essencial saber manejar os seus sintomas em casa. Uma boa forma de identificar os desencadeadores é manter um diário de suas dores de cabeça. Ele poderá ajudar você e seu médico a planejar como evitar desencadeadores.

Se você tem enxaqueca frequentemente, seu médico pode receitar medicamentos para reduzir o número de ataques. Esses medicamentos precisam ser tomados diariamente para que sejam eficazes. Esses remédios podem incluir:

Injeções de toxina botulínica também podem ajudar a reduzir os ataques de enxaqueca em pessoas com ataques frequentes (mais de 15 dias ao mês).

Algumas pessoas relatam alívio dos sintomas com suplementos de vitaminas e minerais. Discuta com o seu médico se riboflavina ou magnésio são indicados para você.

TRATANDO UM ATAQUE

Outros medicamentos são usados com o primeiro sinal de um ataque de enxaqueca. Muitas vezes, os analgésicos comuns como paracetamol, ibuprofeno ou aspirina podem ser úteis em casos brandos. Esteja ciente que:

Nunca tome medicamentos sem antes consultar o seu médico.

Se os medicamentos acima não ajudarem, discuta outras opções de tratamento com o seu médico. Ele poderá prescrever medicamentos de uso nasal, injetável ou em supositório. O grupo de medicamentos mais comumente usado é chamado triptanos.

Alguns medicamentos para a enxaqueca estreitam os vasos sanguíneos e não deverão ser tomados se você tiver risco de ataque cardíaco ou tiver doenças cardíacas, a menos que seja recomendado por seu médico. Alguns medicamentos não deverão ser tomados se você estiver grávida ou planejando engravidar, porque eles podem causar efeitos colaterais graves no feto. Discuta com o seu médico qual medicamento é recomendado caso você esteja grávida ou planejando engravidar.

Outros medicamentos são administrados principalmente para tratar outros sintomas da enxaqueca, como náusea e vômitos. Esses medicamentos poderão ser usados isoladamente ou em associação a medicamentos para a dor.

A erva Tanacetum parthenium é comumente usada para enxaqueca. Ela pode ser eficaz para algumas pessoas. Discuta com o seu médico antes de usar esta erva. Os remédios naturais ou à base de plantas geralmente não são regulamentados.

Expectativas (prognóstico)

Cada pessoa responde de maneira diferente ao tratamento. Algumas pessoas têm dores de cabeça que requerem pouco ou nenhum tratamento. Outras precisam usar vários medicamentos ou mesmo hospitalização ocasional.

A enxaqueca é um fator de risco para derrame. O risco é aumentado em pessoas que fumam e em mulheres com enxaqueca com aura. Além do cigarro, pessoas com enxaqueca devem evitar outros fatores de risco para derrame, incluindo:

Quando contatar um profissional de saúde

Ligue para um número de emergência como 192 se:

Marque uma consulta ou entre em contato com o seu médico se:

Referências

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Data da revisão: 1/5/2016
Revisão feita por: Joseph V. Campellone, MD, Division of Neurology, Cooper University Hospital, Camden, NJ. Review provided by VeriMed Healthcare Network. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Isla Ogilvie, PhD, and the A.D.A.M. Editorial team.
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