Epilepsia

Definição

A epilepsia é um distúrbio cerebral em que a pessoa apresenta repetidas convulsões ao longo do tempo. As convulsões são episódios de disparo descontrolado e anormal de células cerebrais que podem causar alterações na atenção e no comportamento.

Nomes alternativos

Distúrbio convulsivo; Epiléptico - epilepsia

Causas

A epilepsia ocorre quando alterações permanentes no tecido cerebral podem tornar o cérebro muito excitável. Como resultado, ele envia sinais anormais, resultando em convulsões repetidas e imprevisíveis. (Uma única convulsão que não acontece novamente não é epilepsia.)

A epilepsia pode ocorrer devido a uma doença ou lesão que afeta o cérebro. A causa também pode ser desconhecida (idiopática).

Causas comuns de epilepsia incluem:

As convulsões da epilepsia geralmente começam entre 5 e 20 anos. Há também risco aumentado para adultos após os 60 anos, mas a epilepsia pode ocorrer em pessoas de todas as idades. Pode haver histórico familiar de convulsões ou epilepsia.

Sintomas

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem simplesmente ter ataques de ausência, enquanto outras têm tremores violentos com perda da consciência. O tipo de convulsão depende da parte do cérebro afetada e da causa da epilepsia.

Na maior parte do tempo, a convulsão é semelhante à anterior. Algumas pessoas com epilepsia apresentam uma sensação estranha (como formigamento, sentir um cheiro que na verdade não está presente ou alterações emocionais) antes de cada convulsão. Isso se chama aura.

O seu médico poderá discutir com você o tipo específico de epilepsia que você apresenta:

Sinais e testes

O médico realizará um exame físico, que incluirá uma observação detalhada do cérebro e do sistema nervoso.

Um EEG (eletroencefalograma) será realizado para verificar a atividade elétrica no cérebro. As pessoas com epilepsia muitas vezes têm uma atividade elétrica anormal que pode ser vista neste exame. Em alguns casos, o exame pode mostrar a área do cérebro onde as convulsões começam. O cérebro pode parecer normal após uma convulsão ou entre elas.

Para diagnosticar a epilepsia ou se preparar para uma cirurgia:

Possíveis testes incluem:

Uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética da cabeça geralmente são feitas para encontrar a causa e o local do problema no cérebro.

Tratamento

O tratamento para a epilepsia pode envolver medicação, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, cirurgia.

Se as convulsões da epilepsia ocorrerem devido a um tumor, vasos sanguíneos anormais ou sangramento no cérebro, a cirurgia para tratar esses distúrbios poderá fazer com que as convulsões desapareçam.

Os medicamentos para prevenir as convulsões, chamados de anticonvulsivantes, podem reduzir a quantidade de convulsões futuras.

Muitos anticonvulsivantes afetam os ossos. Converse com o seu médico sobre a necessidade de vitaminas ou suplementos.

A epilepsia que não melhora depois de experimentar duas ou três drogas anticonvulsivantes é chamada de "epilepsia refratária a medicamentos".

Às vezes, as crianças fazem uma dieta especial para ajudar a prevenir as convulsões. A mais popular delas é a dieta cetogênica. Uma dieta contendo poucos carboidratos, como a dieta de Atkins, também pode ser útil em alguns adultos. Discuta com o seu médico essa opção antes de fazer alterações na sua dieta.

O estilo de vida ou algumas condições médicas podem aumentar o risco de convulsão em uma criança ou um adulto com epilepsia. Converse com seu médico sobre:

Outras considerações:

Grupos de apoio

O estresse causado pelo fato de ter epilepsia (ou ser o cuidador de alguém com epilepsia) muitas vezes pode ser minimizado com a participação em um grupo de apoio. Nesses grupos, os membros compartilham experiências e problemas em comum.

Expectativas (prognóstico)

Algumas pessoas com epilepsia podem conseguir reduzir ou interromper completamente os medicamentos anticonvulsivos depois de não ter convulsões durante anos. Certos tipos de epilepsia infantil desaparecem ou melhoram com a idade, geralmente no final da adolescência ou depois dos 20 anos.

Para muitas pessoas, a epilepsia é uma doença para a vida toda. Nesses casos, os medicamentos anticonvulsivantes necessitam ser continuados. Há um risco muito baixo de morte súbita com epilepsia.

Complicações

Complicações podem incluir:

Quando contatar um profissional de saúde

Ligue para o número de emergência local (como o 192) se:

No caso de alguém que tenha tido convulsões antes, ligue para 192 em qualquer uma dessas situações:

Ligue para seu médico se aparecer qualquer sintoma novo, incluindo:

Prevenção

De modo geral, não há forma de prevenir a epilepsia. Ter uma dieta e sono adequados e permanecer longe do álcool e das drogas ilícitas pode diminuir a probabilidade de desencadear convulsões em pessoas epilépticas.

Reduza o risco de lesões na cabeça usando capacetes durante atividades arriscadas; isso pode ajudar a diminuir a probabilidade de desenvolver epilepsia.

Referências

Abou-Khalil BW, Gallagher MJ, Macdonald RL. Epilepsies. In: Daroff RB, Jankovic J, Mazziotta JC, Pomeroy SK, eds. Bradley's Neurology in Clinical Practice. 7th ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2016:chap 101.

Morris GL III, Gloss D, Buchhalter J, Mack KJ, Nickels K, Harden C. Evidence-based guideline update: vagus nerve stimulation for the treatment of epilepsy: report of the Guideline Development Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2013;81:1453-1459. PMID: 23986299 www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23986299.

Wiebe S. The epilepsies. In: Goldman L, Schafer AI, eds. Goldman's Cecil Medicine. 25th ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2016:chap 403.


Data da revisão: 2/27/2016
Revisão feita por: Amit M. Shelat, DO, FACP, Attending Neurologist and Assistant Professor of Clinical Neurology, SUNY Stony Brook, School of Medicine, Stony Brook, NY. Review provided by VeriMed Healthcare Network. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Isla Ogilvie, PhD, and the A.D.A.M. Editorial team.
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