Amebíase
Definição
A amebíase é uma infecção do intestino causada pelo parasita Entamoeba histolytica.
Nomes alternativos
Disenteria amebiana; Amebíase intestinal; Colite amebiana; Diarreia - amebíase
Causas
E. histolytica pode viver no intestino grosso (cólon), sem causar danos aos intestinos. No entanto, às vezes, ela invade a parede do cólon, causando colite, disenteria aguda ou diarreia persistente (crônica). A infecção também pode se espalhar através do sangue para o fígado e, raramente, para os pulmões, cérebro ou outros órgãos.
Essa doença ocorre em todo o mundo, mas é mais comum em áreas tropicais com alta concentração populacional e falta de saneamento. África, México, partes da América do Sul e Índia têm problemas de saúde significativos associados a esta doença.
O parasita pode ser transmitido:
- Através de alimentos ou água contaminados com fezes
- Através de fertilizantes que usam fezes humanas
- Diretamente de uma pessoa a outra, especialmente pelo contato com a boca ou área retal de uma pessoa infectada
Fatores de risco para amebíase grave incluem:
- Alcoolismo
- Câncer
- Desnutrição
- Crianças pequenas e idosos
- Gravidez
- Viagem recente a uma região com amebíase endêmica
- Uso de corticoide para inibir o sistema imunológico
Sintomas
A maioria das pessoas com essa infecção não apresenta sintomas. Quando aparecem sintomas, eles são vistos de 7 a 28 dias após a exposição ao parasita.
Sintomas leves podem incluir:
- Cólicas abdominais
- Diarreia com 3 a 8 evacuações de fezes semiformadas ao dia, ou evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional
- Fadiga
- Flatulência
- Dor retal durante evacuação (tenesmo)
- Perda de peso não intencional
Sintomas graves podem incluir:
- Sensibilidade abdominal
- Fezes com sangue, incluindo evacuação de fezes líquidas, às vezes com sangue, de 10 a 20 vezes por dia
- Febre
- Vômitos
Sinais e exames
O seu médico realizará um exame físico e fará perguntas sobre seu histórico médico, incluindo viagens recentes.
Um exame do abdome pode mostrar um aumento do volume do fígado ou sensibilidade na região abdominal.
Exames que poderão ser solicitados incluem:
- Exame de sangue para amebíase
- Exame da parte inferior do intestino grosso (sigmoidoscopia)
- Exame de fezes
- Exame microscópico de amostras de fezes, geralmente com coleta de várias amostras em um período de vários dias
Tratamento
O tratamento depende da gravidade da infecção. Geralmente, antibióticos são prescritos.
Se você apresentar vômito, pode ser preciso administrar medicamentos na veia (via intravenosa), até que você possa tomá-los por via oral. Medicamentos antidiarreicos geralmente não são prescritos porque podem piorar o quadro. Nunca tome medicamentos sem antes consultar o seu médico.
Após o tratamento, as fezes devem ser reexaminadas para se ter certeza de que a infecção foi eliminada.
Expectativas (prognóstico)
O resultado é geralmente bom com o tratamento. Geralmente, a doença dura cerca de duas semanas, mas poderá voltar se não for tratada.
Complicações
Complicações da amebíase podem incluir:
- Abscesso hepático
- Efeitos colaterais dos medicamentos, incluindo náusea
- Disseminação do parasita através do sangue para o fígado, pulmões, cérebro ou outros órgãos
Quando contatar um profissional de saúde
Entre em contato com o seu médico se a diarreia não melhorar, ou se houver piora dos sintomas.
Prevenção
Quando viajar para áreas onde haja falta de saneamento, beba água filtrada ou fervida e não coma vegetais crus ou frutas com casca.
Referências
Petri WA, Haque R. Entamoeba species, including amebic colitis and liver abscess. In: Bennett JE, Dolin R, Blaser MJ, eds. Mandell, Douglas, and Bennett's Principles and Practice of Infectious Diseases, Updated Edition. 8th ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2015:chap 274.
Petri WA, Lima AAM. Amebiasis. In: Goldman L, Schafer AI, eds. Goldman-Cecil Medicine. 25th ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2016:chap 352.
Revisão feita por: Jatin M. Vyas, MD, PhD, Assistant Professor in Medicine, Harvard Medical School; Assistant in Medicine, Division of Infectious Disease, Department of Medicine, Massachusetts General Hospital, Boston, MA. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Isla Ogilvie, PhD, and the A.D.A.M. Editorial team.
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